As empresas familiares enfrentam, por essência, vários desafios. Deste modo, a competição faz com que estas recorram a estratégias que as auxiliem a aumentar seu desempenho. Dentre essas estratégias, encontra-se a prática de gestão do desempenho organizacional, foco deste estudo. Entretanto, em muitos casos as relações profissionais colidem com as relações familiares, e devido à influência dos aspectos culturais, a profissionalização desse tipo de organização torna-se um desafio. Partindo dessa premissa, o objetivo desta pesquisa foi avaliar os principais aspectos culturais em empresas familiares e como eles afetam a gestão do desempenho organizacional. Para atingir este objetivo, realizou-se uma pesquisa de natureza exploratória, por meio de um estudo de caso múltiplo. O estudo compreendeu quatro empresas familiares dentro do segmento de construção civil, utilizando a entrevista semiestruturada como técnica para coleta de dados.
Constatou-se que todas as empresas estudadas têm a presença da família na gestão e a cultura organizacional é permeada pelos valores do fundador. No momento de tomada de decisão, há a presença de opiniões da família, inclusive de integrantes que não participam da administração e, por consequência, a decisão final é centralizada nos fundadores. As empresas da amostra utilizam como ferramenta de gestão do desempenho os indicadores financeiros e não financeiros, entretanto, esta ferramenta está sobre a influência da cultura organizacional e dos gestores familiares. Não houve, entretanto, evidências que permitissem a conclusão de que tais características comprometessem ou não a continuidade dessas organizações.
Publicado por:
Leonardo Fabris Lugoboni
Marcus Vinicius Moreira Zittei
Stefhany Ariane Barros
Elubian de Moraes Sanchez
